Ainda com os roteiros de Vita Ayala e a excelente arte de Rod Reis, voltamos nesse novo arco com o protagonismo de Illyana Rasputin (Magia), que desde as minis HOX/POX, não teve um grande arco próprio de desenvolvimento.
A história começa com o demônio S’ym, um dos principais vilões durante a saga Inferno dos anos 80. S’ym está junto de uma sombra que aparenta ser seu mestre (Belasco?), e juntos fazem um ritual para criar uma nova arma a partir do corpo de S’ym, nos mesmos moldes da Espada Espiritual de Magia.
Em Krakoa, Illyana, Dani e Rahne, discutem sobre a nova decisão de Illyana: passar a posse do Limbo para a recém-chegada, Madelyne Pryor.
Magia confia em Madelyne e acha que o Limbo é seu por direito, não tendo ninguém melhor para governar. Dani e Rahne têm uma longa lista de motivos que as fazem descordar.
Illyana e Maddie estabelecem seus requisitos para o andar da transferência, através de um pacto de sangue.
Em meio ao pacto, S’ym invade o castelo trazendo uma horda de demônios. Utilizando sua nova arma, ele enfrenta a Espada Espiritual e aparentemente a vence. A Espada Espiritual some, e junto com ela, o reinado do Limbo.
Illyana e as demais fogem através de um portal, porém, continuam presas dentro do Limbo.
Vita Ayala traz uma boa narrativa aqui, com uma leitura fluida e agradável. A premissa é interessante, trazendo a perspectiva de superação de Illyana. Eu, pessoalmente, tenho uma afeição maior pela personagem da Magia que foi estabelecida por Zeb Wells e mais para a frente, Kieron Gillen, tendo um lado amoral, sem alma e nada emocional. Diferente da nova roupagem que a personagem veste.
Mas isso não se resume a Vita Ayala. Essa desconstrução da personagem simplesmente foi seguindo desde que o Brian Michael Bendis assumiu os roteiros de Fabulosos X-Men, e a mudança sem nenhuma explicação.
Por isso, ouso dizer, a ideia não aparenta se encaixarar tão bem com a personagem.
Vale apontar a ideia de colocar uma vilã declarada em um cargo tão poderoso e sem controle nenhum, além de abdicar dos próprios poderes... uma ideia péssima.
Mas, se ignorar esses pontos cronológicos, dá para ressaltar que a história é muito bem estruturada. E, com certeza, Rod Reis merece rios de elogios, com sua arte única e traços que se tornam cada vez mais o surreal, definindo um traço típico do título, remetendo muito a fase clássica, desenhada por Bill Sienkiewicz.
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